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Educar no mundo de hoje

 

Monica Dallari – entrevistadora

Educar os filhos no mundo de hoje. Ensinar as crianças a cuidarem de si mesmas, dos outros e do ambiente em que vivemos são as premissas definidas pelas Nações Unidas como o melhor caminho para rejeitar a violência, prevenir conflitos e resolver problemas pelo diálogo. Mas a pergunta que não quer calar é: ok, tudo certo, mas como? As inovações tecnológicas, a violência, as novas organizações familiares e o tempo cada vez mais curto estão gerando muitas dúvidas em nós, pais, além da constatação de que educar é fascinante, sim, sem dúvida, mas bem difícil também… Ao completar 35 anos de prática clínica, a psicóloga e terapeuta familiar Maria Tereza Maldonado, formada pela PUC-RIO, membro da American Family Therapy Academy, autora de mais de 20 livros sobre relacionamentos familiares e desenvolvimento pessoal, decidiu enfrentar o desafio e dedicar a vida profissional à busca de respostas para parte das principais dúvidas que perseguem todos aqueles que têm filhos. Mãe de Mariana e Cristiano, separada, de fala mansa e de bem com a vida, ela acaba de lançar o livro Cá entre Nós – Na Intimidade das Famílias, uma coletânea de artigos sobre a educação nos dias de hoje. Em artigos curtos e de fácil leitura, ela trata de temas como disciplina, excesso de consumo, pais culpados, crianças autoritárias, novas tecnologias, entre outros.

1. O que mudou nas famílias nos últimos 35 anos?

Os pais ficaram mais confusos, porque o mundo também mudou muito, para melhor e para pior. As famílias enfrentam muitos desafios em um mundo em que o ritmo de mudanças é cada vez maior, e o tempo está cada vez mais apertado. A noção entre o certo e errado ficou incerta. A própria definição do que é ser família expandiu muito. Trinta anos atrás ainda se dizia que famílias estruturadas eram os pais casados e seus filhos. As outras organizações familiares eram tidas como desestruturadas. No final da década de 70 as pessoas perguntavam: “Você acha que a família vai acabar?”. Foi quando passou a ter maior incidência de separações, novas uniões, e se começou a estudar outras maneiras de a família se organizar. A família não ia acabar nem vai acabar. Ela simplesmente se desdobrou em uma série de outras maneiras de ser, cada uma com as suas dificuldades e as suas possibilidades de construir um lar harmônico.

2. Qual é a definição de família?

Já não se pode definir família pelos laços de sangue. Famílias são pessoas que estão ligadas pelo compromisso amoroso de cuidar de terceiros, de acompanhar o desenvolvimento de cada dos um dos seus membros. Uma das coisas que se descobriu, acompanhando essa diversidade das organizações familiares, é que o amor independe dos laços de sangue. Hoje no Brasil a gente tem uma cultura de adoção muito diferente. Há maior abertura para adotar crianças maiores, ou fazer adoções interraciais, embora isso precise se expandir mais.

3. O que de melhor aconteceu?

Foi essa possibilidade de assumir publicamente que há várias maneiras de ser família, porque há 30 anos era uma vergonha ser desquitado, as crianças e as mulheres sofriam uma descriminação tenebrosa. Hoje, a visibilidade e a aceitação de que há várias maneiras de ser família e saber que nessas maneiras há a possibilidade de construir um lar harmônico é uma mudança que considero bastante positiva.

4. Os pais estão reclamando muito da dificuldade de educar os filhos. O que está acontecendo hoje e por que os pais estão tão confusos?

Houve uma mudança muito grande no estilo educacional. Há 40 anos ainda vigorava o modelo marcadamente hierárquico, da autoridade do pai e da mãe. Havia muito autoritarismo, mais do que autoridade. Eram ditas coisas como “criança não dá opinião”. As crianças não tinham vez nem voz. E isso foi mudando radicalmente. Até pelas experiências educacionais, por uma distorção das teorias psicológicas, de que não se podia dizer “não”, que as crianças ficavam traumatizadas.

5. São os filhos dos pais que viveram os anos 60/70?

Nessa época começou no mundo inteiro uma onda de revolta contra o autoritarismo. A criança passou a ser olhada como uma pessoa de direitos. O movimento hippie, a liberação das mulheres, todas essas mudanças acabaram se refletindo sobre a família e sobre os modelos educacionais. E aí começou a confusão. Em reação a esse “é proibido proibir”, “chega de autoritarismo”, se passou para o extremo oposto: libera geral, vamos deixar as crianças crescerem em liberdade. Os pais começaram a sentir culpados por colocar limites. Com medo de serem autoritários, abdicaram da autoridade. E essa perda de hierarquia ficou complicada.

6. Mudou a posição da criança dentro da família?

A criança passou da condição de sem vez e sem voz, para ocupar o lugar central. Entramos na era que alguns autores chamam de “infantocracia”. Os adultos giram em torno das crianças. Por quê? Pelo sentimento de culpa, pela falta, pela necessidade de indenizar os filhos, pela ausência, seja por trabalho ou por estar separado, por pena, por superproteção, por uma série de razões. Dentro do extremo, dessas famílias que passaram do autoritarismo para uma permissividade muito grande, os danos na formação da personalidade das crianças são piores do que no sistema autoritário. No sistema autoritário ficava uma mágoa muito grande, uma revolta, uma repressão muito forte, um encolhimento até das potencialidades. Nas nas crianças de hoje, com as rédeas muito soltas, os danos são maiores, porque determinadas aprendizagens não são feitas. A principal é a falta da construção da percepção sobre o outro.

7. Qual é a consequência disso?

A criança hoje cresce na lei do desejo. Os desejos dela são a lei. Os pais estão exaustos, trabalharam o dia todo, mas eles estão contando pela décima terceira vez a mesma história porque a criança exige; a mãe vai ao banheiro e ela soca a porta “sai daí, porque eu quero mostrar uma coisa!”. Sem construir uma visão sobre o outro, que também tem desejos, necessidades e tem que ser levado em consideração, essa noção de respeito não se constrói. A habilidade de fazer acordos também fica muito dificultada.

8. Como fica o processo de socialização?

A criança começa a ter problemas sérios. “Todo mundo é chato, porque não aceita a minha brincadeira”. Ela não tolera a espera: o que eu quero tem que ser agora. Muitas começam a ter dificuldade na aprendizagem, que depende de esperar, tolerar frustração, ter que fazer de novo, melhorar. Se a criança não construiu isso nos primeiros anos de vida, fica mais complicado.

9. Os pais estão mais protetores?

Os pais ficaram um pouco perdidos. Afinal, o que pode e o que não pode? O aumento da insegurança pública, das ações violentas, também dificultou muito, piorou a qualidade de vida, fez com que as famílias ficassem mais protetoras. E isso prejudica muito o desenvolvimento da autonomia das crianças. Hoje em dia você tem duas polaridades: a criança de classe menos favorecida tem que se virar; uma criança de classe média se vira pouco; e a criança de classe alta não se vira nada. Está com 17 anos de idade e nunca pegou um ônibus. Não construiu o seu sistema de alerta para o perigo, porque vive completamente protegida.

10. As crianças não estão sendo poupadas de assumir suas responsabilidades?

Hoje em dia há bastante opção de entretenimento dentro da própria casa. O canal de televisão, o computador, o celular, o videogame, inclusive para as classes menos favorecidas. Para as famílias, tornou-se difícil estabelecer prioridades, aquela leizinha: “Primeiro os deveres, depois os prazeres”. Além disso tem a culpa, a super proteção, o medo de ser autoritário, etc. Tudo isso torna muito mais difícil essa construção da autorregulação, da autodisciplina tão necessária.

11. Os pais enfrentam dificuldade para exercer a autoridade, mesmo com crianças pequenas. Por outro lado, cada vez mais se condena o ato de bater. Como lidar com essas mudanças?

Hoje, com 3 ou 4 anos as crianças já começam a tirania. Têm um discurso de que não quero, não faço, não vou. Tempos atrás o castigo físico era aceitável como uma medida educacional. Hoje não é. E muitos pais ficaram e ainda estão com muita dificuldade de descobrir outros caminhos de disciplinar efetivamente. É bom lembrar que autoridade não é sinônimo de autoritarismo e não é preciso força física para exercê-la. Eu vejo como dificuldade principal a incoerência entre a palavra e a ação. O sentimento é de culpa e de pena. No auge da raiva os pais dão um castigo: vai passar uma semana sem ver televisão. Logo depois esquecem, ou não tem como controlar, e o castigo vai para o espaço. Dar um castigo e depois não cumpri-lo é o melhor caminho para a impunidade. Na educação para a responsabilidade, as consequências são mais eficientes que os castigos.

12. Como mudar isso?

É preciso descobrir o caminho da consequencia imediata e trabalhar o conceito de que a família é uma pequena comunidade social. Nessa comunidade, as crianças precisam participar das tarefas da casa, aprender a partilhar e a se responsabilizar pelas suas próprias coisas. Os pais utilizam muito pouco esse recurso. Com as opções maiores de lazer e entretenimento, fica muito difícil para a criança construir a noção do autogerenciamento. Tem que vir primeiro o gerenciamento de fora, para depois esse gerenciamento ficar por dentro. E isso é fundamental, até mesmo como preparação para o mundo que a gente vive. Isso precisa começar desde cedo. Acabou de brincar, tem que guardar o brinquedo. Se não guardar, não pode ver televisão.

13. Como as escolas lidam com isso?

As escolas estão também com muita dificuldade de exigir. Até porque a parceria entre a família e a escola está funcionando mal na maioria dos casos. Há uma confusão muito grande dos pais, principalmente na escola privada, de que, se pagam a mensalidade, a escola tem que aturar as crianças do jeito que são. Quando as escolas tentam cobrar as consequências por atos, algumas famílias acham ótimo, mas outras reclamam.

14. A escola mudou pouco, não?

A escola mudou muito pouco e não foi suficiente. As pesquisas são mais estimuladas, o aprender a aprender, mas ainda têm um ranço muito tradicional, mesmo as mais progressistas. A escola pode ampliar o potencial de ações das crianças nesse mundo e evitar a desmotivação.

15. No mundo contemporâneo tudo ficou mais rápido e o tempo ficou mais curto, inclusive para o convívio familiar.

As crianças estão com pouco tempo livre, com a agenda cheia, tanto quanto os pais. A família precisa ter muita criatividade para otimizar o tempo de convívio, inventar maneiras de estar juntos dentro daquele velho dilema de quantidade versus qualidade. A questão é que sem um mínimo de quantidade fica difícil ter qualidade. Tem maneiras mais lúdicas de educar para a responsabilidade, sem ficar aquela coisa chata de cobranças, ameaças e brigas o tempo inteiro.

16. Os pais estão trabalhando mais em casa com o computador, o celular e as facilidades tecnológicas. Como ficaram as crianças?

Antigamente, quando estavam estudando, não podiam ligar o rádio ou ouvir música. Hoje as crianças estudam ao mesmo tempo que estão no MSN, com a televisão ligada e ouvindo música. Elas funcionam em múltiplos canais. Por um lado é uma coisa boa, que permite uma diversidade maior. Por outro lado, toda essa tecnologia da informação pode puxar muito para o isolamento, especialmente nos lares de classe mais favorecida, em que cada quarto é um mundo completo, uma ilha isolada e ninguém se junta. Mas pode haver caminhos de junção sim. A família tem que estar aberta para uma aprendizagem coletiva, interessada em saber o que você está fazendo, o que está descobrindo. São maneiras de estabelecer conexões.

17. Hoje as escolas infantis oferecerem, por exemplo, cursos de inglês e computação pois consideram importante as crianças aprenderem desde cedo a se preparar para o futuro. O brincar continua imprescindível?

A exigência de preparar as crianças para o mercado de trabalho tem reflexo nas escolas. As crianças com 5,6 anos já fazem vestibular para entrar nas melhores escolas. Mas o brincar é essencial sim. Nas brincadeiras você aprende a digerir situações da emoção, das coisas difíceis que todas as crianças passam desde cedo. O brincar estimula a criatividade, a imaginação, a capacidade de sonhar e também a socialização. É uma arena importante de gerenciamento de conflitos. Isso é cada vez mais essencial no mundo que a gente vive, no mundo da diversidade, das diferenças, saber transformar conflitos e propor soluções.

18. Por que o conflito entre irmãos é importante?

Para aprender a compartilhar, fazer acordos. A relação entre os irmãos é muito rica. É a aprendizagem da colaboração, da solidariedade, do laço amoroso entre pares. Tanto é que o filho único vai precisar fazer uma rede muito forte de amigos-irmãos para poder desenvolver essas capacidades, suprir a falta da arena de irmãos em casa.

19. Com os casais optando por ter menos filhos, cresceu a expectativa deles em cima das crianças?

Menor o número de filhos, maior a expectativa sobre eles. Ao mesmo tempo as famílias estão com muita dificuldade em educar para a responsabilidade. Você tem uma série de crianças e adolescentes muito acomodados. Ficam naquele negócio de fazer o mínimo, o essencial. É claro que isso também é reflexo da situação do mundo hoje sobre as famílias. Para que eu vou estudar? Tem mestrado e doutorado e ganha uma merreca. É muito interessante, porque a criança diz: vou ser um jogador de futebol famoso. E aí você pergunta: o que você está fazendo para isso? Está treinando para caramba? Ah, eu não. Jogo uma bolinha de vez em quando. O sonho não vai deixar de ser um projeto sem uma ralação.

20. As crianças estão aprendendo a se programar no longo prazo?

Estão aprendendo precariamente. Estão vivendo muito o imediato. Aquela coisa de antigamente, você quer um brinquedo, mas vai ter que esperar o Natal, não existe mais. Hoje os pais dizem: se eu posso dar agora, se eu posso fazer um esforcinho e dar mais cedo, por que não? E não estão percebendo o valor da espera. E o que eu vejo com muita frequência: as crianças têm as coisas muito facilmente. O antigo ditado “quem tem muita coisa não dá valor” é verdade. Não é caretice de vovó. Essa noção é conseguida com espera, com esforço. Eu estou vendo uma geração de crianças com uma história de infelicidade. Quanto mais tem, mais quer. O que se conseguiu fica imediatamente esvaziado de sentido e de valor. São crianças movidas por um desejo que é um saco sem fundo. Se os pais entram nesse circuito é pior. Fica uma insatisfação muito grande. Porque são crianças que não estão aprendendo a conviver com a falta: tornam-se chatas, cobradoras e profundamente infelizes. Quando na adolescência, fica aquela história que estamos vendo muito, o “ficar”. É o consumo dos relacionamentos. Não tem a construção da permanência.

21. O mundo valoriza hoje o ter em detrimento do ser?

A valorização do ter está permeando todas as classes sociais. Isso é um esvaziamento muito grande dos valores mais fundamentais do ser, da riqueza da pessoa. Vejo isso como um fator muito forte na construção da infelicidade. O consumo consciente precisa ser repensado. É um grande desafio das famílias nesse século. Estamos vivendo de uma forma muito ampla e global a ameaça do consumo excessivo, até mesmo em questões ambientais. Isso foi construído ao longo das décadas: quanto mais se consome, melhor. Quanto mais se tem, melhor se é.

23. Como ensinar as crianças princípios fundamentais quando os valores éticos estão tão desacreditados?

A gente está vendo um afrouxamento do tecido social, uma crise de ética no Brasil de maneira trágica. Mas não só aqui. Esse questionamento vem com as crianças desde cedo. Roubou e não aconteceu nada. O “tudo acaba em pizza” vai para as crianças também. Os pais não têm respostas para esse choque de valores. A cultura da impunidade está muito fortalecida. Existe a dificuldade de perceber a hierarquia não só dentro da família, mas dentro da constituição da sociedade. Essa noção de que você não tem com quem contar com relação às autoridades.

24. O mundo hoje oferece facilidades, como o telefone celular. As crianças estão conseguindo cortar o cordão umbilical?

Uma coisa é monitorar, tomar conta. A criança de sete anos saiu de casa e tinha que atravessar a rua. A mãe pede para a filha ligar quando chegar. Outra coisa é a mãe que liga a cada cinco minutos: já chegou? Tá tudo bem? Vira uma paranoia e afeta o autocuidado, a auto-organização. O grande esqueleto da educação é: você toma conta da criança para que gradualmente ela aprenda a tomar conta de si mesma. Se você está ali, marcando pressão pelo celular ou por outros instrumentos de controle de forma intensa, não estimula a criança a aprender a se autorregular. “Eu só vou fazer o dever de casa depois que a minha mãe ligar três vezes”. Vou assistir televisão ou jogar videogame, que é muito mais divertido.

25. As crianças estão menos criativas com a parafernália tecnológica?

Ao contrário. Eu não vejo que as crianças estão menos criativas. Elas estão tendo oportunidades desde cedo de se antenarem em múltiplas coisas e estão aproveitando. Vejo crianças fantásticas, com argumentação, questionamentos, capacidade de reflexão enorme, extremamente interessantes. Elas estão integrando uma massa de dados infinitamente maior do que tínhamos há três décadas. Estão processando de alguma forma, buscando os seus caminhos, as suas possibilidades dentro de um mundo incerto, imprevisível. Estão vivendo com muita diversidade e isso tem um aspecto positivo.

26. De quem é a responsabilidade de disciplinar, dos pais ou da escola?

De ambos. A disciplina é a capacidade de persistir, que irá construir hábitos e habilidades. É a autorregulação entre deveres e prazeres. O equilíbrio obtido através de limites colocados com consistência, firmeza e serenidade. Nessa construção é preciso haver organização, esforço, persistência e determinação, características que devem ser desenvolvidas tanto pela família como pela escola. É um processo muito cansativo e desgastante: demanda atitudes firmes e consistentes, a construção de acordos para rotinas e horários, e que se estabeleça consequências para o não cumprimento de acordos.

27. Os esportes ajudam?

Atividades esportivas ajudam no desenvolvimento da disciplina e da persistência. Por isso, quando a criança pede para fazer uma aula de judô, ballet ou ginástica olímpica é importante manter a continuidade. Especialmente quando ela começa a reclamar e a se sentir desmotivada. Ao perceberem as dificuldades passado o primeiro momento, muitas não conseguem ter a paciência e a persistência para aos poucos melhorar o desempenho. Preferem desistir. Nessa hora é fundamental serem incentivadas.

28. Como os pais podem estimular as crianças e convencê-las de que o esforço vale a pena?

Uma coisa muito importante é valorizar os pequenos progressos, tanto em si mesmo como nos outros. Esse é um ingrediente básico para se criar um clima de bem-estar, cooperação e estímulo à produtividade. Quando a criança traz um boletim com notas boas e ruins para casa, é importante não apenas cobrar as notas ruins, mas sim comentar as boas. A exigência é um bom motor para nos impulsionar a ser melhores do que estamos sendo agora. Mas, se exagerada, corre o risco de gerar uma paralisia.

29. Como estão os sonhos das crianças e dos adultos?

A magia dos sonhos está muito sem espaço no mundo do corre-corre. É preciso resgatá-lo, tanto para os adultos como para as crianças.