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Quem só consegue ver e se queixar dos espinhos não percebe a beleza do conjunto (fotografei no cactário do Jardim Botânico, RJ)

Quem só consegue ver e se queixar dos espinhos não percebe a beleza do conjunto (fotografei no cactário do Jardim Botânico, RJ)

Reclamações contínuas nos colocam no atoleiro do desânimo e paralisam ações que poderiam resultar em boas saídas para as situações das quais nos queixamos. A decisão de concretizar ações que promovam as mudanças que desejamos desenvolve nosso poder pessoal.

As perguntas reflexivas são ferramentas úteis para estimular isso:

– A Maíra não deixa eu brincar com as outras meninas!

– O que você pode fazer para que isso pare de acontecer e você possa brincar com quem quiser?

A pergunta reflexiva remove o foco da queixa e estimula a criação de recursos de mudança.

– Meus colegas não aceitaram minhas ideias de brincadeiras! Aí eu fui embora chateado…

– E você aceita as ideias deles?

Esse tipo de pergunta reflexiva focaliza a percepção do circuito interativo: o que fazemos influencia o que os outros fazem e vice-versa.

– Todos os meus colegas são chatos!

– Mas é com eles que você convive na escola. Que tal aprender a transformar pessoas chatas em interessantes?

Ninguém é 100% chato nem 100% interessante. Quando colocamos rótulos nas pessoas, limitamos nossa visão. Ressaltamos algumas características e nos cegamos para as demais. Isso também acontece com o olhar preconceituoso e discriminatório.

Quando mudamos a maneira de olhar, mudamos a maneira de sentir e de agir. Ampliar o olhar sobre pessoas ou situações é um exercício que podemos praticar no decorrer da vida. Isso enriquecerá nossos recursos de ação para tomar iniciativas de mudança.

O poder da mudança do olhar é imenso. Em todas as idades. Podemos aprender a fazer perguntas reflexivas para nós mesmos, para descobrir caminhos melhores nas trilhas da vida.