”Fiquei cinco anos com uma pessoa difícil de conviver. Acreditei que, com amor e paciência eu conseguiria modificá-la. Fiz de tudo, me esforcei até não aguentar mais e perder a esperança. Fiquei triste nos primeiros meses após a separação, mas depois senti um grande alívio. Saiu um peso dos meus ombros quando eu percebi que não tenho tanto poder quanto eu imaginava”.
É libertador perder a ilusão de onipotência e perceber nossas limitações e reais possibilidades. Só conseguimos contribuir para a mudança de outra pessoa quando ela aceita nossa colaboração e cria coragem para romper com antigos padrões. Isso acontece até mesmo na psicoterapia. Quem diz que quer mudar mas, na realidade, só quer mais do mesmo não faz progressos significativos, mesmo quando está com um terapeuta experiente e competente.
Fazer mudanças significativas em nós mesmos dá trabalho, requer coragem e muita disposição. Quando superamos o medo de mudar e renunciamos à esperança de que nossa vida vai melhorar quando os outros mudarem, criamos condições propícias para o desenvolvimento pessoal. Em solo fértil, as sementes germinam.
É comum nutrir a ilusão de onipotência nos relacionamentos amorosos. “Eu pensei que, com carinho, eu poderia convencê-lo a parar de beber e voltar a estudar” – escreve uma leitora. O resultado é frustração e, eventualmente, o sentimento (onipotente) de culpa por não ter tentado “de tudo” ou por um tempo ainda maior para salvar o outro de cair no abismo. Nosso poder de mudar os outros não é tão grande quanto gostamos de imaginar! É melhor investir essa energia para mudar o que é preciso em nós mesmos. Isso se refletirá em mudanças no relacionamento.
Por outro lado, há relacionamentos que promovem o crescimento de ambas as partes. A colaboração recíproca presente nesse amor torna o terreno fértil para desabrochar potencialidades surpreendentes. Superada a ilusão de onipotência, descobrimos o verdadeiro poder.
Vamos tomar cuidado com as nossas escolhas
É fácil a gente se iludir
Achando que podemos transformar
Quem não quer se modificar!
Realmente costumo dizer para aqueles os quais tento “ajudar” que, a
“ausência de problemas e cobrança não são sinônimo de felicidade”
toda via diante de tantas vertentes é perceptível e notório que ninguém muda ninguém mesmo. em um certo dia em um atendimento após a pessoa se apresentar relutante, e como eu não tinha mais o que argumentar então disse: entendi o Coração tem razões que a própria razão desconhece.
Sou Assistente Social recém formado e atualmente faço pós graduação.
Excelentes terapeutas só conseguem bons resultados quando a pessoa atendida quer realmente encarar o desafio da mudança e do autoconhecimento.