Estou na adolescência da minha “segunda idade adulta” (usado por alguns autores para falar sobre a vida após os 50). Boa época para fazer novos projetos de vida, ampliar ou remodelar os já existentes. É também o momento de integrar muitas coisas que aprendemos e habilidades que desenvolvemos no decorrer das décadas.
Cada vez mais, integro conhecimentos adquiridos nas trilhas da minha vida. Como gosto de fotografar lugares que me impactaram pela beleza, decidi ilustrar as apresentações de minhas palestras (e os textos do meu blog) com algumas dessas fotos. Descobri o prazer de fazer cursos de teatro motivada pela necessidade de melhorar meu desempenho como palestrante. Alguns anos de aulas de dança de salão, buscadas por prazer, tornaram-se úteis para aguçar a consciência corporal ao falar para centenas ou até mesmo milhares de pessoas.
Um diferencial significativo surgiu quando incorporei, nas palestras, minhas composições que sintetizam as ideias que apresento. Com um detalhe: estudo piano há décadas, mas comecei a estudar percussão e técnica vocal após os 60, com muito entusiasmo! Isso me permitiu elaborar as palestras-show. Inaugurei essa nova fase com Teias e, em seguida, surgiu Nas trilhas da vida, que também é um livro-show (outra novidade), feito em parceria com Itiberê Zwarg como arranjador e diretor musical.
Caminhar pelas trilhas da segunda idade adulta tem sido empolgante! Após os 50, continuei viajando pelo mundo, caminhando por trilhas que me levam a lugares belíssimos e cachoeiras incríveis, fiz um curso de mergulho, expandi meus estudos de música e descobri o amor da maturidade.
Procuro cuidar bem da minha saúde, para manter disposição e alegria de viver. Cultivo bons amigos há décadas, curto os cuidados recíprocos do amor com filhos adultos e com meu companheiro. Consegui manter a curiosidade da criancinha que me habita e acredito que, em qualquer idade, podemos ousar aprender e fazer coisas novas, construir novos projetos de vida, concretizar sonhos antigos e ampliar as redes de relacionamentos.
Nem tudo são flores. Sempre surgem obstáculos a serem superados. Mas acredito que os problemas são oportunidades de criar recursos para viver melhor. Nas trilhas da minha vida encontrei muitas dificuldades, senti decepção com algumas pessoas, fiz projetos que não deram certo, encontrei minhas fragilidades, vivi amores e desamores. Mas, como escritora, conto com um ótimo recurso: algumas pessoas com quem vivi momentos de intenso sofrimento se transformaram em personagens de alguns livros que escrevi!
Sua mensagem nos diz o quanto temos que aprender com vc: aprender a ganhar e perder; dar sem esperar nada em troca; aventurar-se para descobrir o novo, ou mesmo, descobrir que não há nada de novo, mas simplesmente descobrir. Não ficar chorando o tempo que passou, mas aproveitar o presente, independente de nossa idade ou crença. O que realmente importa é que precisamos saber viver!
Grande abraço,
É isso, Sônia, o que importa é continuar abrindo novas trilhas na vida!
Maria Tereza,
ainda não cheguei aos 50 anos, mas estou quase lá.Gostaria qui de dizer como gosto do que escreve. Como me identifico com a sua leveza.E que na maturidade, idade que tenho apreciado muito, me percebo buscando o essencial e deixando pra lá o que é acidental.E você coloca muito bem no final, e uma reflexão que faço: saber viver!!!
Grata pelos seus escritos!
Obrigada, Roberta! Percebo que você está se preparando bem para desfrutar a “segunda idade adulta” da melhor forma possível.