Com cerca de 1300 palestras no currículo para públicos de trinta até cinco mil pessoas, tive uma experiência única ao ser palestrante no TEDxRio EDUCAÇÃO. E tendo assistido a inúmeras palestras TED, nunca tinha tido a oportunidade de acompanhar um evento ao vivo. É impactante!
Há tempos, li o livro TED Talks – o guia oficial do TED para falar em público, de Chris Anderson. Aproveitei muitas dicas para aprimorar minhas palestras. Mas o trabalho de preparação de palestrantes, desde sugestões para o texto até a postura no palco, é sensacional! Foram vários encontros com Marco Brandão, Danielle Fazzi e Joice Niskier para construir uma palestra cativante em 15 minutos, dentro dos padrões propostos. E duas semanas de muitos ensaios para memorizar o texto para que saísse do modo mais natural possível.
No dia do evento, chegamos mais cedo para nos familiarizarmos com o palco, vendo o tapete vermelho do qual não poderíamos sair por conta da iluminação e das câmeras, olhando o monitor com o que estava projetado na tela e o temível cronômetro marcando o tempo restante.
O encadeamento dos temas apresentados pelos 14 palestrantes, entremeados com três apresentações musicais compuseram um espetáculo inesquecível! O que anotei de algumas palestras:
- O que importa é saber o que importa (Aziz Camali, “Empreendedorismo em um futuro disruptivo”)
- Escola é escolha. Para educar é preciso educar-se. É na Educação Infantil que começamos a construir pessoas para serem solidárias, ativas, respeitadoras, competentes. (Márcia Righetti , “Protagonismo na criança”).
- Nosso estilo predatório está crescendo em progressão geométrica. As grandes cidades não foram construídas respeitando os limites da natureza. O meio ambiente é o nosso ambiente (Nina Braga, “O meio ambiente é o meu ambiente”?).
- A inteligência artificial já está mais presente no dia a dia do que imaginamos. O smartphone tem um poder computacional dez vezes superior à máquina que levou o homem à Lua. Daqui a 20 anos muitas crianças de hoje trabalharão em profissões que ainda não existem. E ensinarão às máquinas – terão ética e responsabilidade para ensinar coisas boas? (Roberto Celestino, “ AI- quebrando o tabu”).
- Não gostar de estudar é diferente de não gostar de aprender. Nem sempre gostar de aprender é despertado pelo ensino formal. (Marcília Neves – “Cultivando nossos frutos”).
- Crianças gravemente afetadas pela violência na família e em comunidades apresentam grandes dificuldades de aprendizagem e precisam de uma metodologia especial para refazer circuitos neuronais, como a Pedagogia Uerê-Mello. (Yvonne Bezerra de Mello, “Aprendendo a aprender”).
- O Brasil está abaixo da maioria dos países em conhecimento básico. E estamos no início da Quarta Revolução Industrial, com profundas mudanças na maneira de trabalhar e de viver. Nossa diversidade é a nossa maior força, mas é preciso investir em qualidade e na construção de uma sociedade justa e inclusiva. (Ricardo Henriques, “A educação como motor de transformação social”).