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Cactos que fotografei no Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Cactos que fotografei no Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Há caminhos de vida árduos, cheios de espinhos.

Isso não impede que brotem flores delicadas,

Fortes, persistentes, vão abrindo espaço.

Penso nas crianças refugiadas, em zonas de guerra,

Em que o cotidiano é marcado por violência, destruição,

Com famílias sofridas, ou até mesmo sozinhas,

Migram, entre a esperança e o desespero, buscando

Paz, abrigo, novas possibilidades.

As crianças continuam morando dentro dos adultos,

Curiosas, dão risadas, brincam, se encantam com o que descobrem,

Mesmo quando vivem em contextos desfavoráveis.

Há pessoas que crescem e soterram sua criança interior

E vivem na amargura, no desencanto, na queixa,

E se fecham para as descobertas, reprimem a ousadia,

Mergulham na descrença, mesmo quando vivem

Com fartos recursos materiais e oportunidades à sua frente.

Precisamos cuidar bem da criança que nos habita por toda a vida

E cuidar bem dos seres que estão chegando ao mundo

Para que todos possam celebrar a vida em sua plenitude.

Flores fortes e delicadas, apesar dos espinhos ao seu redor.