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Água, areia, vento: paisagem que muda a cada momento (Fotografei nos Lençóis Maranhenses)

Esse foi o tema de uma transmissão ao vivo que fiz com Josie Conti, colega psicóloga que organiza a ContiOutra. Começamos sobrevoando a linha do tempo com as passagens marcantes de nascimento, entrada na escola, adolescência, começo de vida profissional, formação de família, envelhecimento. São as transições previsíveis no ciclo vital. Também conversamos sobre mudanças inesperadas, que exigem flexibilidade, resiliência e capacidade de adaptação às novas circunstâncias tais como perdas, separações, migrações, desemprego.

Como os alicerces de tudo que acontece no decorrer da vida estão na gestação, no nascimento e nos primeiros anos, conversamos sobre os significados simbólicos do parto e do desmame. A cada grande mudança, parimos novos aspectos de nossa identidade e nos vemos em territórios ainda inexplorados. E precisamos nos “desmamar” do contexto ao qual estávamos habituados para nos lançarmos em novas possibilidades.

A troca de ideias com os participantes foi emocionante. Muitos falaram sobre mudanças marcantes:

– “Quando deixei a comodidade de um bom emprego e fui para outra cidade trabalhar com o que eu amo. Bati as asas e voei”;

– “Quando fui morar em outro país, longe dos meus pais que tanto amo”;

– “Quando tive uma doença que me limitou muito e precisei me reinventar”;

– “Quando tive de aprender a dormir sozinha depois da separação. Quase comprei um urso!”

– “Minha inspiração para enfrentar mudanças é o meu avô, que está com 93 anos e diz que a vida é eterna evolução e que adoecemos quando insistimos em estagnar”

Muitos participantes ofereceram reflexões sobre o tema:

– A mudança é a única permanência na vida;

– Mudar de país é como nascer de novo;

– O importante é sempre se adaptar ao previsto e ao imprevisto;

– Romper padrões é um desafio (casamento, separação, morar sozinha, reorganizar a vida depois que os filhos saem de casa);

– A solidão é transformadora;

– Criamos dependência até de coisas ruins, como relações abusivas. Por medo de uma grande mudança, ficamos sem coragem para colocar um ponto final e sofremos limitações por conta dessa dependência.

E vocês, leitores, querem compartilhar nos comentários suas experiências com grandes mudanças?