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Em uma webconversa com mães blogueiras, sobressaiu o tema da exigência de ser ótima mãe. Quando algo acontece diferente do esperado, surge o sentimento de culpa, a desvalorização, a sensação de ser incompetente.

Acontece que, junto com cada filho que nasce, também nascemos como mães e pais. A tecelagem do vínculo se faz na medida em que procuramos a sintonia com aquela criança, diferente de todas as outras. Atualmente, o acesso à informação é gigantesco, mas precisamos do filtro da nossa sensibilidade para selecionar o que faz sentido para aquele vínculo especial.

É sempre bom lembrar que as crianças não precisam de mães perfeitas: como dizia o psicanalista D.Winnicott, o filho precisa de uma mãe “suficientemente boa”. A cada momento, somos as mães que conseguimos ser. Estamos em um processo contínuo de aprendizagem, com erros e acertos. Temos forças e fragilidades, competências e incompetências. Momentos de dúvidas, irritação, insegurança, desespero também fazem parte da construção do vínculo amoroso. Precisamos acolher nossa humanidade.

A vida segue seu curso, apresentando dificuldades e desafios. Crescemos junto com os filhos e aprendemos com eles. Manejos que “deram certo” com um filho podem não ser adequados para o outro. É impossível criar todos os filhos “do mesmo jeito”: cada vínculo tem características próprias.

O desejo de fazer o melhor possível contribui para nosso desenvolvimento pessoal, mas o excesso de cobrança e de autocensura bloqueia a evolução do vínculo. A neurociência mostra que nosso cérebro é um órgão social, e que as conexões neuronais são feitas e refeitas em grande parte sob a influência dos relacionamentos significativos durante toda a nossa vida. O amor, a sensibilidade, a intuição e a sintonia vão guiando nossos passos pelas trilhas da vida, acompanhando nossos filhos e crescendo junto com eles.

Tags: relacionamento com o filho, neurociência, sentimento de culpa.