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O medo da mudança e os preconceitos internalizados atrapalham a conquista da liberdade.

O medo da mudança e os preconceitos internalizados atrapalham a conquista da liberdade.

Liberdade não é fazer tudo o que a gente quer e bem entende. Isso é ser prisioneiro dos próprios desejos.

Conquistar a liberdade é saber que caminhamos entre escolhas e renúncias. Avaliar riscos e consequências das nossas escolhas. Pensar alternativas quando não acontece o que gostaríamos. Cultivar a paciência e a persistência para não esmorecer diante dos obstáculos que se apresentam para concretizar nossos sonhos e alcançar nossas metas.

Quando a criancinha supera a dificuldade de dar os primeiros passos sem apoio, vive a alegria de ser livre para se locomover por conta própria. Mas também encontra limites e barreiras que a impedem de explorar todo o território.

O adolescente que, revoltado, diz “Não tenho que dar satisfações a ninguém” não entende a diferença entre “dar satisfações” e “dar notícias” para os que ainda precisam cuidar dele, na medida em que está em curso o processo de aprender a cuidar bem de si mesmo para exercer liberdade com responsabilidade.

Uma jovem de 18 anos me confidenciou que se sentia constrangida por ainda ser virgem. Todas as amigas já transavam, e ela sentia que ainda não havia chegado o momento. A liberdade de escolha, inclusive para esperar construir um relacionamento amoroso significativo, entra em conflito com um padrão de “liberdade sexual” que nem sempre é tão livre assim, principalmente quando vem acompanhada pela repressão do afeto ou pela pressão de “seguir o grupo”.

Uma mulher de 67 anos revela que passou décadas muito ocupada com o trabalho e a família, sonhando em ter tempo livre para se dedicar aos seus interesses particulares. Aposentada, viúva e com filhos adultos, sente-se perdida sem saber o que fazer com tanta liberdade.

Muitas vezes, colocamos barreiras internas que limitam nossa liberdade: o medo da crítica e da rejeição, preconceitos que internalizamos sem perceber (“ele é um cara legal, mas não consigo namorar um homem mais baixo do que eu”…), medo de sair da “zona de conforto” para ousar escolher outros rumos.

É muito bom conquistar a liberdade para viver de acordo com nossa verdadeira essência. Algumas dessas escolhas nos afastarão dos caminhos convencionais. Talvez falte coragem para tanta ousadia. E nem sempre percebemos claramente que estamos cortando nossas próprias asas, limitando a liberdade de voar.