Uma leitora me escreveu perguntando minha opinião sobre seu desejo de desistir de um curso de dança porque a professora grita com as alunas quando algo sai errado, criticando acidamente e humilhando publicamente quem não consegue reproduzir corretamente os passos que ensina.
Já ouvi relatos de alguns pais e professores que acreditam que humilhar e depreciar estimula crianças e adolescentes a criar “vergonha na cara” para melhorar o desempenho. Não acredito nesse método. Há modos mais eficientes de motivar a aprendizagem e o interesse em desenvolver competências e habilidades. A crítica depreciativa fere a autoestima, magoa e enraivece.
Para dançar, tocar um instrumento musical, falar um idioma, resolver problemas de matemática, interpretar um texto, andar de bicicleta e aprimorar muitas outras coisas é preciso ter paciência e persistência para enfrentar as dificuldades que surgem no caminho da aprendizagem. Valorizar os pequenos progressos e mapear a rota da etapa seguinte a ser conquistada estimula a autoconfiança e desperta o entusiasmo para continuar caminhando.
A chamada “crítica construtiva” é a avaliação necessária do desempenho atual, ressaltando a necessidade de maior dedicação ou capricho nos detalhes: “Acho que você é capaz de fazer isso melhor. Tente de novo”. “Este problema é difícil de resolver, e sua resposta não está correta. Creio que se você ler novamente o enunciado com mais atenção, conseguirá encontrar a solução”.
Mesmo com os mais resistentes, que “empacam” nos mesmos erros, as mensagens humilhantes não são eficientes. Servem apenas para descarregar nossa própria irritação. “Você não tem jeito, é cabeça-dura mesmo. Não vai dar pra nada na vida”! – deprecia a pessoa como um todo. “Você repetiu o mesmo erro. Tente descobrir um modo de sair desse lugar” – fala sobre a dificuldade e encoraja a criar novos recursos.
É muito estimulante transmitir a noção de que o erro faz parte do processo da aprendizagem. Quem humilha e deprecia os que cometem erros esquece que isso acontece inevitavelmente com todos nós. Errar não é errado! Quando o erro é visto como aliado da aprendizagem, ele clareia o caminho a ser trilhado e se transforma em acerto. E isso nos dá mais força para superar as dificuldades.
concordo com vc maria tereza, pois e errando que se acerta.errar e humano, so nao podemos persistir no erro, em uma epoca participei de um conselho da escola, conheci muitas crianças que nao conseguia, aprendizagem, devido a prof, que chamava muita atençao delas,e elas acabavan tensa,e nao progredia, pedi as mae que trocase de prof, foi ai que as crianças vei se desenvolver,as escritas e apredizagem,e ficaram mais felizes,
A aprendizagem floresce em um relacionamento em que há afeto e compreensão. Críticas constantes inibem o interesse em aprender e desmotivam os alunos.